Levo a vida sem parada
Sem destino, sem pousada,
Eu nem sei onde chegar.
Chuto pedras, piso espinhos
Não escolho os caminhos,
Pois não tenho onde ficar.
Tenho a pele impregnada
Da poeira da estrada
Onde deito prá dormir.
Vejo o céu iluminado,
De estrelas enfeitado,
Como um manto a me cobrir.
Quando acordo bem cedinho
Sinto no rosto o carinho
Do beijo frio do orvalho.
Sou viajante vagabundo
De passagem neste mundo
Rindo e chorando também.
Quero viver sempre assim
Trazendo dentro de mim
A paz de não ser ninguém.
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