quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Andarilho

Levo a vida sem parada

Sem destino, sem pousada,

Eu nem sei onde chegar.

Chuto pedras, piso espinhos

Não escolho os caminhos,

Pois não tenho onde ficar.

Tenho a pele impregnada

Da poeira da estrada

Onde deito prá dormir.

Vejo o céu iluminado,

De estrelas enfeitado,

Como um manto a me cobrir.

Quando acordo bem cedinho

Sinto no rosto o carinho

Do beijo frio do orvalho.

Sou viajante vagabundo

De passagem neste mundo

Rindo e chorando também.

Quero viver sempre assim

Trazendo dentro de mim

A paz de não ser ninguém.

Nenhum comentário:

Postar um comentário