quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Solidão

Solidão, quando surgiste em minha vida,

Em meio à ânsia de um viver feliz

Eu não sentia que estava tão sozinha

A ti eu não chamei, a ti jamais eu quis.

Sem perceber que otempo ia passando,

Eu esbanjava na vida amor e emoção.

Até não haver ninguém me esperando,

Eu nem sabia o que era a solidão.

Mas chegaste de mansinho, quietamente,

Com teu jeito calado e meigo e doce

E eu queria dizer a toda gente

Que teu silêncio só a paz me trouxe.

Não me censuras, nem perguntas nada

Minha alma gêmea, és um outro eu.

Se triste choro, também ficas magoada,

Teu sofrimento é quase igual ao meu.

Se aconchegada nesse teu regaço,

Eu desabafo porque estamos sós,

Sou envolvida em meu próprio abraço

E ouço o som da minha própria voz.

Mas sei que existes e que estás comigo

Nada me atinge e nem me faz sofrer.

Jamais me deixes, tu és o meu abrigo

E eu ficarei contigo até morrer.

Fica comigo até a hora da partida

Depois encontrarás alguém cuja ferida,

A vida fez sangrar e não curou.

Ou então, quem sabe, sentirás também

Que somos uma só na realidade:

- a solidão impregnada de saudade -

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